abril 22, 2016

Diálogos constantes com Moritz Stiefel

A banda marcial continua.
A bailarina da Dança na Corda Bamba persiste em seu percurso com postura primorosa e boca cheia de dentes à mostra. Virtuosa, segue os tempos bem contados em seus passos sincronizados com os compassos que não podem ser perdidos. A coreografia é obedecida rigorosamente e o espaço é recalculado segundo após segundo.
Fechar os olhos bem pintados e deixar a música guiá-la ao infinito não é possível: se desconcentrar, ela cai.
E não há rede.
Não descansa. Nem bem respira. Tudo por uma execução impecável.
Com toda a graça que se espera de uma bailarina, ela engana o público que não sabe que a moça que desliza pelos arames carrega pedregulhos dentro dos seus trajes de Colombina.
Pé ante pé, nas pontas dos dedos, devagarinho vai dançando e avançando através do fio infinito conforme o esperado. 

Nenhum comentário: